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Ecossistema de Inovação Social em Longevidade 2024

Barreiras e Aprendizados

A partir da pergunta-guia:

Na sua opinião, o que impede pessoas de se manterem saudáveis, independentes, produtivas e em constante desenvolvimento ao longo da vida para que possam seguir colaborando com uma sociedade participativa e equitativa para todas as idades?”

Foi feita análise de conteúdo das respostas de participantes de todos os setores. Emergiram seis temas principais que o ecossistema identifica como barreiras para que as pessoas possam seguir contribuindo para uma sociedade participativa e equitativa para todas as idades.

Desigualdades
Acumuladas ao
Longo da Vida

Seis Vezes
Educação

Na Fila por
Saúde de
Qualidade

O Direito de ir e vir e de Participar

O Direito de
ir e vir
 e de
Participar

Garantias para
envelhecermos
como Cidadãos

Uma cultura
jovem-cêntrica

Senhora de óculos e cabelo enrolado, mexe no celular. Ela usa camiseta laranja
Homem atravessando a rua. Ele usa chapéu e camisa clara.
Com auxílio do Cérebro Nova Longevidade, nossa IA especialista em longevidade, foram extraídos aprendizados referentes a cada tema. Os resultados são apresentados como direcionamentos para a construção de uma sociedade na qual todas as pessoas podem se manter saudáveis, independentes, produtivas e em constante desenvolvimento ao longo da vida.

Desigualdades acumuladas ao longo da vida

Desigualdades de renda limitam o acesso a recursos essenciais para um envelhecimento saudável e com autonomia, como educação, serviços de saúde de qualidade, alimentação nutritiva, moradia, transporte e lazer. Inadequações no sistema de seguridade social e aposentadoria geram vulnerabilidade e podem resultar em dependência econômica. Isso também inclui a dependência das famílias em relação às pessoas aposentadas, que podem responder por até 100% da renda do domicílio, resultando na precarização da velhice. Além disso, envelhecer em um contexto de pobreza e desigualdade social limita as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional ao longo da vida. A permanência na força de trabalho e a geração de renda extra são comprometidas pela falta de oportunidades para requalificação e aprendizado contínuo, pela falta de flexibilização nos contratos de trabalho e pelo idadismo. O preconceito por idade se reflete em poucas vagas abertas a pessoas idosas ou mesmo em sua exclusão precoce do mercado, contribuindo para perda de sociabilização e propósito oriundos do trabalho e para aumento da insegurança financeira.
Respondente de Startup
Respondente da Iniciativa Privada
Respondente Produtor de Conteúdo
Respondente da Sociedade Civil
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Que lições aprendemos?

  • A estabilidade econômica é essencial para um envelhecimento saudável. A redução da desigualdade de renda e oferta de suportes financeiros suficientes, como pensões adequadas, seguridade social e letramento financeiro, podem ajudar as pessoas idosas a manter sua saúde, independência e participação.
  • Reduzir a discriminação por idade nas práticas de contratação e criar oportunidades de emprego inclusivas, que levem em conta as competências e experiências das pessoas idosas, podem ajudá-las a se manterem ativas e produtivas.

Você sabia que:

60,8%

dos domicílios com pessoas idosas ou em 20,6% do total dos domicílios brasileiros, a renda da pessoa idosa era responsável por mais de 50% da renda dos mesmos.

4.094 milhões

de trabalhadores com 60 anos ou mais estão na informalidade.

72,54
milhões

de brasileiros são inadimplentes. 18,9% deles têm mais de 60 anos.

4,7%

seria o incremento no PIB do Brasil se pessoas com 55 anos ou mais que querem trabalhar encontrassem as oportunidades para voltar à força de trabalho.

Seis vezes Educação

A Educação foi identificada como principal barreira para a colaboração ao longo da vida e em seis âmbitos diferentes.

1

O primeiro é relacionado às desigualdades sociais e se refere ao acesso à educação formal desde a infância e que se reflete em baixos níveis de letramento e escolaridade entre pessoas idosas no Brasil.

2
  1. O segundo é consequência do primeiro. Baixos níveis de escolaridade comprometem a capacidade das pessoas se manterem aprendendo e atualizadas ao longo da vida. Isso restringe suas habilidades de se informarem e decidirem sobre sua saúde e de planejarem suas finanças, de serem incluídas digitalmente e de permanecerem na força de trabalho.
3

Por outro lado, e esse é o terceiro âmbito, faltam oportunidades para o aprendizado continuado de pessoas idosas, com destaque para usos de tecnologias, letramento financeiro e desenvolvimento profissional.

4

O quarto âmbito é o do desenvolvimento dos campos da Geriatria e Gerontologia e trata da necessidade de sensibilização e formação de profissionais de saúde para atendimento qualificado da população idosa e de suas necessidades.

5

O quinto é uma educação para a prevenção e conscientização sobre a adoção de estilos de vida saudáveis.

6

O sexto trata da urgência de uma Educação para a Longevidade e aborda a necessidade de produção de conhecimento para combater o idadismo e preparar todas as gerações para o envelhecimento saudável e ativo.

Respondente do Governo
Respondente da Iniciativa Privada
Respondente de Incubadora ou Aceleradora Agetech
Respondente da Iniciativa Privada
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Que lições aprendemos?

  • A educação continuada e a formação profissional são vitais para o desenvolvimento pessoal e profissional. Proporcionar oportunidades acessíveis de aprendizagem ao longo da vida pode ajudar as pessoas idosas a se manterem motivadas e produtivas.
  • A conscientização sobre o envelhecimento saudável e a importância dos cuidados preventivos deve começar cedo como base para o bem-estar ao longo da vida. Investimento em educação para saúde melhora a literacia médica, a gestão proativa da saúde e o autocuidado.

Você sabia que:


16%

da população brasileira com 60 anos ou mais era analfabeta em 2022. A maior concentração de analfabetos era na região nordeste (11,7%) e a menor na região sudeste (2,9%).

51%

da população com 60 anos ou mais acessava a Internet em 2023. Grau de escolaridade é o maior preditivo para adoção e uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). No Brasil, 32% da população analfabeta ou com educação básica acessa a internet contra 97% entre os brasileiros com ensino superior.

9%

dos 60+ usuários de Internet no Brasil fizeram cursos a distância em 2023.

Na fila por Saúde de Qualidade

Os sistemas de saúde não estão preparados para a mudança demográfica. Por um lado, há a demanda crescente por cuidado e a escassez de recursos em geral. Por outro, falta atendimento qualificado para as demandas da população idosa (profissionais especializados em geriatria, por exemplo). Além da prevalência de doenças crônicas, a falta de programas com foco em prevenção impede que muitas condições de saúde sejam diagnosticadas e tratadas precocemente, agravando quadros físicos e mentais e comprometendo a continuidade de participação em atividades sociais e profissionais. 

Considerando os recursos de saúde disponíveis, sua distribuição no território é desigual, comprometendo a equidade no acesso. A digitalização de serviços e telemedicina poderiam ampliar e democratizar o atendimento e cobertura de sistemas de saúde, mas a exclusão digital reduz o impacto entre a população idosa. Por último, há menção aos familiares como provedores de cuidado e à necessidade de reconhecimento e suporte para esse trabalho informal, desempenhado prioritariamente por mulheres.

Respondente da Iniciativa Privada
Respondente do Governo
Respondente da Sociedade Civil
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Que lições aprendemos?

  • Os cuidados de saúde acessíveis e de qualidade, especialmente os serviços preventivos, são cruciais para detectar e gerir precocemente os problemas de saúde. A prevenção melhora a saúde em geral e reduz custos dos cuidados de saúde.
  • A expansão dos serviços de saúde para incluir cuidados de saúde mental e gestão de doenças crônicas pode melhorar a qualidade de vida de pessoas idosas e o suporte a cuidadores.

Você sabia que:

2.670

é o número de médicos especialistas em Geriatria no Brasil, o que equivalente a 1,25 especialistas por 100.000 habitantes. A maior concentração de especialistas é na região Sudeste (58,9%) e a menor na região Norte (2%). 

44%

dos 60+ usuários de Internet no Brasil procuraram informações relacionadas à saúde ou a serviços de saúde em 2023.

O Direito de ir e vir e de Participar

O direito de ir e vir e de participar

A falta de ambientes desenhados para serem acessíveis e seguros para todas as idades podem restringir a mobilidade das pessoas idosas, dificultando seu acesso à saúde e ao lazer e diminuindo sua capacidade de participar ativamente na sociedade. Mudanças na infraestrutura são necessárias desde o planejamento do transporte e dos espaços públicos até das moradias – projetadas para prevenir quedas e para favorecer o bem-estar e a autonomia ao longo da vida. 

Ambientes inclusivos favorecem as trocas intergeracionais e as conexões sociais necessárias para mitigar os efeitos do isolamento, da solidão e da depressão, além de contribuírem para a expansão de redes comunitárias e de apoio fundamentais para o envelhecimento saudável

A inclusão deve se estender aos ambientes digitais que tanto podem favorecer a conexão social e o aprendizado continuado, quanto podem ampliar o acesso a serviços fundamentais para a saúde, participação e cidadania ao longo da vida. 

Respondente da Iniciativa Privada
Respondente da sociedade civil
Respondente Produtor de Conteúdo
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Que lições aprendemos?

  • A concepção de espaços públicos e de transportes mais acessíveis e seguros pode melhorar a mobilidade e a independência, proporcionando maior participação em atividades sociais e recreativas e maior satisfação com as infraestruturas urbanas. A concepção de ambientes acessíveis e seguros também deve incluir a zona rural.
  • A oferta de opções de habitação acessíveis e adaptadas à idade pode garantir que as pessoas idosas tenham condições de vida seguras e confortáveis.

Você sabia que:

32
cidades

brasileiras são certificadas como Amigas da Pessoa Idosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

25%

é a prevalência de quedas na população idosa residente em áreas urbanas.

Garantias para envelhecermos como cidadãos

Políticas públicas eficazes que promovam a saúde, educação e inclusão social ao longo da vida favorecem o desenvolvimento de uma sociedade mais equitativa e participativa. A interface com o governo e a prestação de serviços públicos precisam ser repensadas para responderem às necessidades do rápido envelhecimento populacional.

É preciso ampliar as leis e reforçar a aplicação de sansões para erradicar a violência e discriminação contra a pessoa idosa. São necessárias garantias para que as pessoas idosas sejam tratadas com justiça e igualdade inclusive no mercado de trabalho. Programas de aprendizado contínuo deveriam ser uma prioridade nas políticas públicas dirigidas à população idosa porque favorecem a permanência na força de trabalho e a geração de renda extra, além da sociabilidade e propósito. A participação das pessoas idosas é enfraquecida pelo pouco conhecimento sobre os próprios direitos, a apatia política e a falta de representatividade das pautas da longevidade na política.

Respondente de Conselho de Pessoas Idosas
Respondente da sociedade civil
Respondente da Academia
Respondente da sociedade civil
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Que lições aprendemos?

  • A implementação de políticas públicas inclusivas, aumento do financiamento de programas e expansão de serviços que apoiem o envelhecimento ativo, a aprendizagem ao longo da vida e a inclusão social favorecem a saúde e a participação das pessoas idosas.
  • O poder público deve reforçar a aplicação das leis e políticas existentes destinadas a proteger os idosos da discriminação e garantir os seus direitos.

Você sabia que:

Voto 70+
facultativo

A Constituição Federal (artigo 14, inciso II, parágrafo 1º) estabelece que o voto é facultativo para o cidadão a partir dessa idade.

282 mil
violações

referentes às pessoas idosas foram registradas pelo Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, entre janeiro e maio de 2023.

Uma cultura jovem-cêntrica

A crença enraizada de que o Brasil é um país de jovens contribui para a perpetuação de estereótipos sociais que marginalizam os mais velhos, vistos como dependentes ou incapazes de contribuir para a sociedade. O preconceito por idade, mencionado pelos termos idadismo, etarismo ou velhofobia, reduz as oportunidades de participação abertas às pessoas idosas, incluindo sua permanência no mercado de trabalho. 

A percepção da velhice como declínio e não como um estágio natural da vida compromete a autoestima e motivação da pessoa idosa, sua saúde mental, sociabilidade e qualidade de vida. 

A discriminação vivenciada socialmente pode ser interiorizada e reforçada pela própria pessoa idosa, resultando em isolamento, diminuição das atividades comunitárias e das redes de apoio fundamentais para o envelhecimento saudável. Além disso, a aversão ou medo de envelhecer pode retardar a conscientização individual sobre a necessidade de adoção de hábitos saudáveis para manutenção da autonomia e produtividade ao longo da vida. 

Por isso é necessária uma mudança cultural para incentivar as contribuições da pessoa idosa e para valorizá-las para além da chamada economia prateada. As novas representações da velhice nas mídias e na publicidade podem contribuir para uma sociedade mais inclusiva e participativa para todas as idades.

Respondente da Academia
Respondente de Startup
Respondente Produtor de Conteúdo
Respondente da Sociedade Civil
Respondente de Startup
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Que lições aprendemos?

  • Mudar as atitudes da sociedade em relação ao envelhecimento e reconhecer o valor das contribuições das pessoas idosas é essencial para a inclusão social.
  • Construir oportunidades para trocas geracionais expande as possibilidades de participação nas comunidades, além de redefinir as percepções sociais sobre o envelhecimento.

Você sabia que:

31%

dos empregadores associam negativamente pessoas mais velhas e seu potencial de adaptação às novas tecnologias.

50%

dos consumidores 50+ se sentem ignorados por marcas, empresas e governos.

Tsunami Latam, 2021. Data 8.

Idadismo

“O idadismo tem consequências graves e de longo alcance para a saúde, o bem-estar e os direitos humanos da população. Para pessoas idosas, o idadismo está associado a uma menor expectativa de vida, pior saúde física e mental, recuperação mais lenta de incapacidade e declínio cognitivo”.

Quer saber como o Ecossistema responde a essas barreiras?