Cristiane Sultani

Instituto Beja

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Eu sou a favor do uso do capital social para inovar, porque eu acho que é um capital que permite a tomada de riscos.

Cristiane Sultani

Desde 2021 e antes mesmo da cocriação do Lab Nova Longevidade com a Ashoka, o envelhecimento já estava entre os temas escolhidos pelo Instituto Beja como prioritários. De onde vem a vocação para promoção de mudanças sistêmicas no campo da longevidade? Qual sua conexão pessoal com o tema?

Cristiane Sultani: Curiosa esta pergunta. Meu marido era mais velho do que eu e um dia ele me deu o livro Velhos são os outros, da Andréa Pachá, e obviamente ele não sabia qual era o conteúdo. Ele viu na prateleira da Livraria da Travessa, no Rio, e me deu. Eu sou advogada. Andréa Pachá é juíza. Enfim, acompanho a coluna dela no jornal aqui do Rio. A Andréa trazia à luz casos que esclarecia, contando como os filhos enxergam os pais, como essa questão patrimonial está presente. Na verdade, quando os idosos se relacionam, os herdeiros têm essa preocupação, às vezes travestida de preocupação, às vezes de interesse.

Quando a gente começou o Instituto, ele realmente tinha como uma das frentes a geração de renda para pessoas com mais de 50 anos. E aquilo vinha de uma preocupação que uma pessoa de 50 anos é muito jovem, está ainda na fase produtiva dela e estava perdendo emprego naquele momento por dois grandes motivos: porque já estavam entrando as questões de tecnologia para qual essa geração não estava muito pronta e porque esses profissionais custam caro para as empresas, seja pela posição que ocupam ou por seus planos de carreira. Os processos de entrevista, o de seleção e o de carreira das empresas estão completamente ultrapassados, porque a pessoa entra jovem e com 50 anos já é o fim da carreira dela e a gente estava vendo ali o efeito da pandemia. Então por valor, por preço, por todas as questões que o país estava passando naquele momento, o mundo estava passando, e a gente viu muitos responsáveis por suas famílias, os arrimos de família, perderem o emprego.

E a preocupação foi neste sentido de que tipo de dignidade vai ter essa pessoa?”. Então, a gente viu isso como uma causa, trabalhar esse lado, mas sem se aprofundar muito, sabe? Eu acho que ali a gente não tinha necessariamente as ferramentas e até o como chegar ali. Então eu fui atrás de muitos projetos que estavam olhando para “os 50+” e não achei. A gente optou por isso e fez uma aceleração com a Quintessa para olhar para essa questão. Paralelamente, a gente apoiou por coincidência, junto com a Ashoka, sem nenhuma relação estabelecida, o documentário Quantos dias, quantas noites. E já era dentro “desse lugar” de 50+.

Senhora sorrindo, abraça seus dois netos

A história do Lab Nova Longevidade tem muito a ver com esse documentário, que acabou sendo um ponto de encontro de diversos atores sensibilizados com os desafios do envelhecimento no Brasil. O que levou você a apoiar um laboratório voltado para a longevidade? Tem algum exemplo, alguma inspiração no próprio segmento da Filantropia que já te inspirava, mesmo que fora do Brasil?

Cristiane Sultani: Eu confesso que no mundo da Filantropia nada tem me chamado a atenção. Eu sei que existem projetos bons, mas num estágio completamente diferente do que é olhar a Nova Longevidade, o que é preparar para viver a longevidade. Então, eu não me inspirei na Filantropia. E a gente mudou as frentes do Beja paralelamente a esse processo. Saímos daquelas causas anteriores de onde estava a geração de renda para as pessoas com 50+. Justamente até por ter me frustrado de não ter encontrado tantos projetos de impacto. Também nesse momento, a gente resolveu olhar para a própria Filantropia como uma causa.

Os encontros do Filantropando organizados pelo Beja, por exemplo, colaboraram para isso. A gente sempre buscou trazer temas de ponta para Filantropia com pessoas que estão no radar global, inclusive para falar e provocar essa urgência de mudança e de um novo modelo mental. Às vezes nós mesmos somos provocados para pensar. De repente a gente estava indo por aqui e sabe que agora tem que que ir pelo outro lado. Como a gente pode melhorar a Filantropia? Como a gente pode incrementar a Filantropia no Brasil? Como é que o Beja pode contribuir para que mais filantropos cheguem ao campo? Como a gente pode influenciar para que tickets maiores sejam desembolsados? Como a gente pode influenciar para um olhar sistêmico, colaborativo, escalando soluções com uso de tecnologia?

Foi quando a gente decidiu olhar para esse segundo momento do Beja, que resultou em nossa teoria de mudança. A gente se apoia na questão de montar laboratórios com outros filantropos, com outras organizações, para mostrar que a colaboração é possível e que a produção de conteúdo qualificado é necessária. Foi daí que o relacionamento com a Ashoka fez todo o sentido para a gente, porque a gente enxerga essa causa como importante. E ter uma visão sistêmica é fundamental, que é o que o laboratório se propõe ao olhar para as políticas públicas, ao olhar para o comportamento das pessoas, mapear vários estágios, vários lugares diferentes, vários status sociais para entender que tipo de sinergia existe em termos de movimentação na cidade, de mobilidade, de atendimento, de acolhimento à convivência intergeracional.

Qual é o papel do investimento social privado para a inovação?

Cristiane Sultani: Eu sou a favor do uso do capital social para inovar, porque eu acho que é um capital que permite a tomada de riscos. Ele permite a utilização de novas ferramentas ainda não consagradas, de novos formatos, novas tecnologias de pesquisa. Permite se apropriar de outros espaços, de outros modelos de prestação de serviços. Eu acho que o Beja tem esse lugar de inovar com capital social privado. É o meu lugar predileto como filantropa. Eu gosto de olhar o que é diferente. Cada um de nós pode ser protagonista de alguma criação se a gente for para esse espaço de laboratório também. Provavelmente você vai ter habilidades diferentes da minha. Eu sempre brinco na minha casa que a minha irmã do meio tem solução para tudo. Eu não sou essa pessoa, mas eu sou a pessoa que vai atrás do sonho, que tem as ideias. Cada ser humano se complementa, assim como a gente se individualiza e ao mesmo tempo coletiviza a nossa individualidade, trazendo esse policapital que a gente tem para ir para esse lugar de pensar diferente. Então, eu acho que é obrigação da Filantropia também estar nesse lugar de conscientização e inovação.

E qual o papel da Filantropia para a inovação no campo da longevidade e em especial no acesso à saúde?

Cristiane Sultani: Eu acho que quem tem mais recursos tem sempre acesso a uma saúde melhor. Infelizmente a gente ainda está nesse lugar. Então são pessoas que consomem mais informação, informação mais moderna, têm acesso a profissionais que são mais preventivos em vez de cuidarem da doença, das suas consequências. Eu acho que a saúde pode influenciar mais a vida das pessoas. O SUS, que é maravilhoso em termos de estrutura, de atendimento, tem que estar nesse lugar. Essas pessoas têm que estar treinadas para esse novo modelo de atendimento. Como é que essa informação vai chegar às pessoas? Essas pessoas têm conectividade? Se a gente vai levar essa informação pela internet, se a gente vai levar essa informação impressa, pela rádio, enfim, é pensar em cada território e ver como que essa conscientização também vai chegar. A Filantropia tem vários papéis aqui, desde a indústria farmacêutica. O que está sendo desenvolvido para melhorar a qualidade de vida? Até a forma do atendimento mais humano. As questões da saúde mental, a quebra de tabus, as questões psicológicas. Tem muito lugar para a Filantropia trabalhar.

Você tocou na questão dos territórios. Isso é tão importante quando falamos de Brasil, onde o lugar que você está vai definir muito a sua experiência de envelhecimento. Você acha que a tecnologia pode ser o ponto de virada nesse contexto de desigualdade social?

Cristiane Sultani: Eu acho que como vetor, porque a tecnologia vai permitir o acesso e a distribuição de informações sobre cada território de uma forma muito mais efetiva. Então não vai ter ninguém que vai poder dizer: “Eu não tenho informação”. Como a gente já está vendo com o uso da Apurva por exemplo, a IA que está dando suporte ao conhecimento do Lab Nova Longevidade. Se soluções assim forem adotadas como modelo para outras iniciativas, a tecnologia apoiará muito o desenvolvimento delas e de pesquisas, incluindo as científicas.

Senhora de cabelos bem brancos, lava a louça

E o Beja está fazendo uma contribuição em particular para isso, certo?

Cristiane Sultani: Quando a gente revisou a nossa teoria de mudança, a gente pensou muito, escreveu e defendeu o que o Beja ia trabalhar, por exemplo, escalar a solução de problemas sistêmicos com o uso de tecnologia. Mas quando a gente assumiu isso, ainda não sabíamos muito bem como. A gente sabia que tinha que percorrer um longo caminho, mas não tínhamos nenhum especialista ali naquele momento olhando para isso. Mas fomos muito atrás disso, tentando nos atualizar. Então fizemos a parceria na Índia. O Beja vai inaugurar um Centro de Mudanças Exponenciais no Brasil para o uso de tecnologia para o desenvolvimento de novas organizações e escala de suas soluções, além de atuar no modo como as organizações podem experimentar todo esse trajeto de desenvolvimento de mindset, inclusive sobre como as tecnologias podem escalar soluções e para cada problema vai ter um uso de tecnologia diferente, um modelo diferente, provavelmente, e a gente vai entender quanto isso custa, quanto tempo demora, quem a gente pode favorecer. Estamos no processo de governança ainda e começando a pensar nos candidatos que passariam pelo processo, mas já estamos superfelizes.

Nova Longevidade é sobre um futuro em que todas as pessoas podem contribuir para a transformação do mundo. O que é preciso para que mais pessoas possam envelhecer como agentes de transformação?

Cristiane Sultani: Acho que a gente precisa, acima de tudo, ser muito bem informados. Não ficar na bolha. Saber exatamente o que está afetando a nós mesmos. Como a coletividade está sendo afetada e, a partir disso, entender o que precisa ser transformado e como transformar. Estar aberto a isso. É um diálogo, é uma escuta, é um dia a dia, é o exercício da cidadania. Se apropriar das coisas. Querer ser, querer estar.

Por isso esse lugar do constrangimento deprime qualquer um. Daí eu não quero que, por exemplo, minha mãe ache que ela está incomodando porque está usando um carrinho de apoio no momento de uma mobilidade fraca. Por que se as cidades não estão preparadas para mobilidade? Também não tem um atendimento efetivo. Você já viu quão atrapalhados podem ser esses atendimentos por aplicativo? Selfie, selfie. Atendimento no supermercado? Para quem? Uma população que está em transição e que ainda não está preparada para isso? As filas que acontecem. As reclamações. Por que colocam as pessoas nesse lugar de constrangimento, sabe? Isso me incomoda muito e para isso eu sou a primeira agente de transformação. A gente tem que falar: “Tá errado assim”.

Porque a sociedade também impõe modelos. A pessoa está velha, ela é avó, cuida de neto. Então pronto, acabou. Eu não vou ser avó, por exemplo, porque eu não tenho filho. Então, em que lugar vou me colocar? Eu não vou esperar que me coloquem. Sou eu que me coloco. Então, acho que é um pouco isso. A gente está em transição. Eu entendo que são padrões comportamentais, mas precisamos virar o jogo.

Como tem sido a sua experiência de envelhecer nesse papel?

Cristiane Sultani: Minha experiência tem sido maravilhosa, porque eu estou nesse lugar da criação total, no lugar das ideias, graças a Deus. Enfim, também sou independente financeiramente, que eu acho que tem um lugar para isso, para essa escolha, mas eu estou me preparando também e me conscientizando cada vez mais, inclusive de questões físicas, dos exercícios que são necessários. É uma conscientização geral. Olhando para os outros, olhando para mim, para quem vem atrás. Às vezes eu tenho uma vontade absurda de ser mentora de jovem. Eles têm sede de orientação e é importante um canal correto. Então, essa construção do respeito, da troca intergeracional, eu acho que vai ser fundamental. 

E qual é o papel das narrativas nessa negociação de quem vai para qual lugar?

Cristiane Sultani: Eu acho que, em geral, a gente tem pessoas que nos inspiram, escolhemos modelos também. Por exemplo, hoje, quando você olha pra Fernanda Montenegro, você fala que é uma mulher que sempre se alimentou muito de cultura. Cuidou do corpo, por ser atriz, no limite dela. Enfim, não sei qual é esse limite, porque eu não acompanhei, mas é uma pessoa muito culta, que está ali atuando. Reconhecida. Ela construiu isso e provavelmente ela teve muitos desafios para chegar aonde ela está hoje. Com a idade que ela está nesse lugar de ídolo do povo brasileiro, foi uma escolha dela. Certamente ela tem dons, mas não deve ter sido trivial. Cada um escolhe um lugar com as oportunidades que tem, com a falta de oportunidades que tem, com resiliência. 

Eu acho que o Governo tem que olhar também para programas que propiciem esses lugares de oportunidade, de reinvenção. As próprias praças podem ser espaços criativos, espaços de arte, de cultura.

Senhor conversa animadamente com uma mulher

Você falou das praças, conta um pouco sobre a experiência do Beja com a adoção da Praça Atahualpa no Rio de Janeiro?

Cristiane Sultani: A gente adotou a praça mais ou menos em março de 2022. O Beja foi inaugurado em dezembro de 2021. A praça foi um dos primeiros projetos, onde a gente provou que um lugar seguro público é frequentado sim, por todas as idades, desde que você faça ali uma programação que permita uma frequência permanente. Por exemplo, nas oficinas de yoga, vão todas as idades e os professores estão atentos a isso. Tem senhoras em cadeiras de roda na aula de yoga. Tem criança com a mãe fazendo ginástica. É muito interessante de se ver. E elas dão depoimentos: “Ah, o convívio aqui muda minha vida, minha possibilidade de socialização. Posso comemorar meu aniversário na praça”. Eu tenho ficado pouco no Rio de Janeiro, mas eu acho o máximo comemorar o aniversário na praça. Parece que a gente está vivendo tempos de bom convívio social de novo. E às vezes a gente olha ao redor e até me dá um certo receio porque eu falo: “Nossa, estou assumindo aqui uma responsabilidade de ser hoje a cuidadora dessa praça, de estar numa cidade onde o acaso acontece. Onde pode ter algum tipo de violência em algum momento. Mas está todo mundo feliz!!!” É um lugar onde ninguém lembra que pode ter um tiroteio ou pode ter um assalto ou algum tipo de violência. 

Você tinha alguma ideia de que essa praça seria esse laboratório vivo para se pensar a própria longevidade?

Cristiane Sultani: Nenhuma. Eu achava que ia ter um convívio intergeracional, que seria importante, mas eu não tinha ideia de como isso podia virar um lugar para entendimento sobre essa parte de quem cuida. E você vê ali as avós cuidando dos netos porque os pais estão trabalhando, e muitas vezes até com condições econômicas maravilhosas. Elas falam: “a praça é libertadora, porque a gente estava entre quatro paredes dentro de casa e não tem mais o que inventar para criança”. Estávamos perdendo a energia e o sol de uma cidade de praia e as avós às vezes sozinhas, cuidando de dois, três netos. Por isso elas falam: “A praça trouxe para a gente um alívio de poder sair e estar na rua mais livre. E a criança está mais feliz, né? Menos intimidada”.

Eu acho que os espaços públicos são os espaços democráticos para isso. Então, por exemplo, às vezes eu vou à praça, para alguma festa, ou algum evento, ou alguma aula. Quando eu chego, as babás conversam comigo, as cuidadoras dos idosos conversam comigo e elas falam: “A doutora é advogada. Ajuda a gente? Estou com problema com meu ex-marido”. Então vira uma integração que não tem nenhuma distinção.

A praça também integra as pessoas das comunidades ao redor. A praça fica perto da Chácara do Céu, perto do Vidigal. Inclusive as oficinas que acontecem na praça, muitas delas são de profissionais do Vidigal. E então esse trabalho já está super integrado. O próximo desafio é também mobilizar os frequentadores da praça para se apropriarem dela e colaborarem com esse laboratório. Eu acho que vai ser muito vivo isso.

E quem mais pode colaborar com o Lab Nova Longevidade?

Cristiane Sultani: O Laboratório de Nova Longevidade está aberto para novos filantropos se juntarem. A Nova Longevidade é um tema tão amplo que diferentes temas podem se plugar. O Laboratório está aberto para quem tiver interesse de conversar com a gente, contribuir. Afinal falamos aqui de mobilidade, de espaço público, novas profissões, novos interesses, cursos, mentoria, enfim, tem tantos fatores que podem contribuir para esse laboratório dar certo.

E para terminar, o mapeamento realizado pelo Lab Nova Longevidade reúne mais de 400 iniciativas de todos os setores que estão ajudando a repensar a longevidade no Brasil. O que precisa acontecer para que a sociedade crie mais demanda por soluções que viabilizem e valorizem as contribuições de pessoas de todas as idades?

Cristiane Sultani: Eu acho que falta para a sociedade um discernimento sobre a questão da longevidade. Eu ouço muita gente dizer “os 50 agora são os novos 30”, porque as pessoas estão mais conservadas ou porque elas fazem mais tratamento estético, ou porque elas se cuidam mais, ou porque a alimentação é diferente. Mas eu acho que as pessoas não contextualizam o que tudo isso significa e o que isso implica em relação a diferentes e novos ciclos de vida. Como o Estado responde a isso? A questão da aposentadoria, de cálculo atuarial e da falência da Previdência é uma coisa antiga, que já se falava mesmo com uma expectativa de vida de 75 anos. O assunto está abafado e precisa ser abordado já numa perspectiva em que se fala de se viver 110 anos.
Então temos que arregaçar as mangas e tem muita coisa para fazer. Primeira coisa, eu acho que o censo do IBGE deveria ter novas perguntas e novas perspectivas. Com isso, uma série de estatísticas também seriam alteradas dentro desse contexto. Acho que precisa de campanhas de marketing, de novas imagens, de novas dinâmicas de convívio, da relação intergeracional. Como é que isso se dá? Como é que um país que é tão longevo assim vai encarar a questão da educação e do respeito ao idoso? O que é considerado uma nova faixa etária para os idosos? Não é aos 60 anos, certamente. E acho que o Instituto tem que estar super envolvido nisso e junto com a Ashoka, no Laboratório de Nova Longevidade, abrindo caminhos para essa contextualização.

Sobre Cristiane Sultani

Cristiane Sultani é formada em Direito, Mestre em Direito Bancário, com especialização em direito societário e em investimentos de impacto. Cristiane atuou como advogada durante 23 anos na Bolsa de Valores de São Paulo, no banco BBA-Creditanstalt; foi sócia do Family Office Consenso, executiva no Itaú Unibanco e sócia do Veirano Advogados. Desde 2014, atuou como COO do Family Office Pedro Alberto Fischer, do qual é CEO atualmente. Cristiane fundou o Instituto Beja, uma organização de impacto social, em 2021, do qual é Presidente do Conselho de Administração. Como filantropa e investidora de impacto, Cristiane é associada do Instituto de Cidadania Empresarial, do The Forward Global e do Synergos GPC.

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